Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que metade do setor industrial pretende investir em soluções tecnológicas ainda em 2018, mostrando que a transformação digital não é o futuro e, sim, o presente

A indústria está mais digitalizada do que nunca. É o que mostra o estudo “Investimentos em Indústria 4.0”, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Entre 2016 e 2018, o percentual das companhias que já usam ferramentas tecnológicas passou de 63% para 73%. Até o final deste ano, quase metade (48%) do setor industrial pretende investir em ações digitais.

A pesquisa aponta a produtividade como propulsora para essa transformação, já que as grandes empresas priorizam iniciativas inovadoras para aumentar a eficiência do processo de produção e melhorar a gestão de seus negócios.

Novas experiências

As mudanças mais buscadas com a transformação digital vão além do processo de produção: novos modelos de negócio têm surgido através da inovação. Sete em cada dez grandes indústrias já utilizam ferramentas digitais com esse propósito.

A SKF é uma delas. Entusiasta de iniciativas tecnológicas, os negócios ganharam mais força após aderir nossas ferramentas. “Estamos nos antecipando para o futuro. Acreditamos que a tendência do setor é ficar cada vez mais digital”, comenta Josué Cardoso, coordenador de e-commerce da SKF no Brasil.

Nossa entrada no cenário eletrônico também tem nos ajudado a criar um vínculo maior com o cliente final e, consequentemente, gerado mais business para a empresa e para nossos distribuidores. Continuaremos investindo em novas soluções”, acrescenta Cardoso.

Atualmente, mais de 150 varejistas estão se beneficiando com a digitalização da companhia, que, através de seu portal, conecta distribuidores, lojistas e consumidores finais. O primeiro ano no universo digital engordou a receita da empresa no Brasil, que terminou 2017 com R$ 500 mil a mais.

O engajamento virtual tem feito a SKF aderir novas soluções, também desenvolvidas por nós, do CWS. Em breve, outras ferramentas serão implementadas na empresa, suprindo ainda mais as deficiências do setor.

“Os estoques das mesmas regiões estarão conectados. Dessa maneira, o consumidor final sempre será atendido e os distribuidores não vão perder vendas. A ideia é que não falte peças no mercado”, comenta Cardoso.

Mais investimentos

Assim como a SKF planeja sofisticar sua operação através de tecnologias já utilizadas, a maioria das companhias brasileiras planeja seguir essa mesma estratégia. Segundo o estudo da CNI, em média, 60% das empresas que pretendem apostar em um tipo de tecnologia digital já fazem o uso dela.

A empresa brasileira Gauss também caminha na mesma direção. “Vamos investir, cada vez mais, na tecnologia e sofisticar as soluções que já utilizamos”, afirma o CEO, Cláudio Doerzbacher.

O ouro do século XXI

Cláudio Doerzbacher, CEO da Gauss.

“A tecnologia está conectando todo mundo. As pessoas não vivem mais longe dela: seja para informação, comunicação ou compra. No nosso setor não é diferente”, diz.

Mudanças necessárias

Outro exemplo de reinvenção é a brasileira Fras-le, que pertence ao Grupo Randon. As ações digitais já fazem parte das estratégias da companhia. “Através delas temos a possibilidade de oferecer aos nossos clientes mais facilidade de compra”, comenta o gerente de marketing, Felipe de Carvalho.

Entre as soluções disponibilizadas pela empresa, destacam-se marketplace, catálogo eletrônico e aplicativo. “Acreditamos que as iniciativas digitais serão cada vez mais demandadas por quem busca produtividade, redução de estoque e otimização de custos”, acrescenta Carvalho. Com mais possibilidades, não há dúvida de que o futuro já se faz presente na indústria. Pelo menos, já é realidade no setor de peças.