Com o intuito de conectar produtores rurais a insumos, a plataforma já reúne mais de 450 lojistas do setor agro, beneficiando milhares de consumidores. Além do marketplace, a empresa também prevê digitalizar as principais cooperativas brasileiras. Entenda o projeto

Facilitar a rotina dos produtores rurais através de uma plataforma unificada é a missão da empresa Supercampo, que nasceu da união de 12 cooperativas brasileiras há quase dois anos. A fim de atender tanto o consumidor final como o cooperado, a Supercampo avança com dois projetos distintos: o marketplace e o balcão digital.

O marketplace, que é voltado ao público B2C, reúne mais de 450 lojistas, otimizando a rotina de mais de 70 mil clientes mensalmente. Além disso, o canal serve como uma espécie de portfólio complementar para o “balcão digital”, projeto voltado exclusivamente para as cooperativas, possibilitando ofertar produtos que elas não têm em estoque.

“Para nós, o balcão digital, que tem como premissa digitalizar as principais cooperativas brasileiras, significa levar para a internet o mesmo atendimento e serviços do balcão físico”, resume Paula Kraft, Product Owner (PO) da Supercampo.

Todas as 12 cooperativas que fazem parte do projeto terão um portal próprio, com todo o portfólio digitalizado, e apenas cooperados terão acesso. Funcionalidades como Módulo Vendedor e Chat Commerce terão destaque em cada balcão digital. Tanto os vendedores como os clientes poderão acessar os serviços via desktop ou pelo aplicativo da cooperativa.

“Hoje, o vendedor recebe pedidos por WhatsApp, dificultando gerar relatórios e manter o histórico atualizado. Através do chat, as ‘carteiras de clientes’ não se perderão com o tempo, enquanto os cooperados terão um atendimento mais sofisticado”, destaca Paula.

De acordo com ela, quase 900 vendedores serão beneficiados com o projeto. Pensado para eles, a funcionalidade Módulo Vendedor permite que o profissional monte o carrinho para o cliente e envie o link apenas para finalizar a compra. “É uma ferramenta que facilita o pedido e, principalmente, a conexão entre o cooperado e a cooperativa”, acrescenta.

Embora o autoatendimento também seja possível pela plataforma, os vendedores continuarão tendo relevância e importância no front da operação. “Só eles podem trazer soluções, como limites de crédito e produtos diferenciados. Para eles, o projeto é uma ferramenta a mais.”

Por trás do balcão

O projeto das 12 cooperativas tem potencial de digitalizar cerca de 120 mil produtos e atender 80 mil cooperados. A ideia, no entanto, é trazer outras para fomentar ainda mais a digitalização no campo.

A pesquisa Agricultura Digital no Brasil, realizada pela Embrapa, Sebrae e Inpe, revelou que 40% dos produtores rurais já utilizam a internet como meio de compra de insumos e de venda. Nesse cenário, iniciativas como a da Supercampo fazem cada vez mais sentido.

Para Kamila Nogueira, Key Account da Supercampo, o balcão digital é o primeiro passo da transformação digital das cooperativas, levando para a palma da mão do produtor rural tudo que ele precisa.

“Neste primeiro momento, o produtor poderá fazer o pedido pela plataforma de sua cooperativa e retirar na loja física. Os produtos estarão disponíveis em um modo muito mais visual, sem a necessidade de pesquisá-los pelo código, o que trará mais rapidez e facilidade para o usuário e, também, para o vendedor”, ressalta Kamila.

Com uma plataforma de vendas mais intuitiva, os esforços do vendedor estarão empregados em pedidos complexos. “A ferramenta irá ajudar o vendedor a vender mais, sobretudo, quando estiver em um momento mais ‘ocioso’. A atenção maior ficará para as vendas mais complexas, quando exige o contato com fornecedores parceiros, por exemplo”, explica a Key Account.

Segundo Paula Kraft, os cooperados já têm sentido a diferença. Na versão antiga, em que o sistema principal era o ERP, o processo de venda era moroso e levava cerca de duas horas para fazer um pedido. “Agora, com a plataforma, todo o processo não leva nem cinco minutos”, diz.

Por enquanto, os aplicativos da Frisia e da Capal estão 100% funcionais. A meta é que, até o final deste ano, a digitalização das outras dez cooperativas já esteja concluída. “Continuaremos a fazer adaptações e melhorias para atender cada vez melhor os cooperados”, afirma Paula.

O objetivo é digitalizar os pedidos de, pelo menos, 60% dos cooperados em dois anos. “Queremos acelerar a digitalização do setor, treinar os vendedores e contribuir com a mudança de cultura das cooperativas, já que o digital é um caminho sem volta. Acima de tudo, queremos entrar na realidade do campo e prover soluções para as dores do setor”, complementa Kamila.

Plataforma CWS

Ambos os projetos da Supercampo – marketplace e balcão digital das cooperativas –  foram estruturados pela CWS, que, além da plataforma, também desenvolveu as principais funcionalidades.

“Diferentemente de outros provedores de tecnologia, que, no geral, são padronizados e engessados, a CWS nos apresentou um universo de opções configuráveis dentro do canal da loja. Conseguimos, facilmente, transformar uma loja, do próprio computador, sem ter de abrir um chamado externo. Além disso, é uma plataforma intuitiva, bonita e fácil para o usuário”, opina Kamila Nogueira.

Paula Kraft diz que, ao contrário das concorrentes, a CWS não é apenas uma fábrica de software. “É uma empresa guiada por pilares que nos direcionam para o caminho certo. A equipe está sempre disposta a ajudar, tanto com os processos mais técnicos da plataforma como no direcionamento do negócio. Estamos muito satisfeitos”, garante.